quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Informações úteis Maldivas

A VIAGEM

As Maldivas são um conjunto de ilhas no Oceano Índico, que se estendem pelo equador. O país é composto por 1192 ilhas que se estendem por uma extensão de 871 Km.

As ilhas estão agrupadas em uma cadeia de 26 atóis.

O que deixamos aqui, são algumas dicas, para viajar para este paraíso, em tempo de pandemia.



Em ano de pandemia, tínhamos como objetivo viajar para um local exótico e pouco frequentado, para nos desconectarmos completamente.
Escolhemos as lindas Ilhas Maldivas para visitar. 
Tínhamos estado lá em 2008, mas num outro contexto e por isso, esta era a altura ideal para regressar.

Viajar para as Maldivas é um dos sonhos de muitas pessoas. No entanto, até à bem pouco tempo, era um local elitista. 
Com a abertura das ilhas habitadas ao alojamento local, as Maldivas passaram a estar na rota de milhões de pessoas, em todo o mundo.

Alojamentos mais simples, com preços apelativos, fizeram disparar a procura por este paraíso. Isso permite conhecer as Maldivas de uma outra perspectiva.

Apesar disso, uma ida exclusivamente para um resort privado, não inibe a saída para conhecer ilhas locais.


O propósito desta viagem, para além do referido acima, acabou por também estar associado à experiência de andar de hidroavião.
Depois de alguma pesquisa, decidimos ficar no Innahura Maldives Resort.
Reunia tudo o que queríamos para esta viagem.


Depois de descobrirmos a ilha que iríamos explorar durante a nossa estadia, preparamo-nos para uma longa viagem às Maldivas, que demorava aproximadamente 21 horas (ida) e 30h (volta).
Fizemos as malas e dirigimo-nos para o aeroporto, para fazer esta bela viagem a um destino do outro lado do mundo.


INFORMAÇÕES ÚTEIS

Língua oficial: Dhivehi (Inglês falado nas áreas turísticas) 
Aeroporto Principal: Aeroporto Internacional de Velana (Male)
Horas: +5h verão / + 6h inverno
Moeda: Rupia. Nas zonas turísticas comum utilizar o Dolar Americano. Euro também é aceite.
Clima: Tem duas estações distintas: uma monção seca de nordeste que ocorre entre dezembro e março e uma monção húmida de sudoeste que ocorre entre maio e novembro.
As temperaturas são constantes ao longo de todo o ano com valores médios entre 26ºC e 30ºC.

Segundo os locais, a melhor época para visitar as Maldivas é: TODO O ANO!


VISTO
Para visitar como Maldivas é necessário passaporte com uma validade mínima de 6 meses. O visto de turismo é obtido à chagada e tem duração de 30 dias.

SEGURANÇA
Ter as precauções necessárias como em qualquer outro país, embora estando numa ilha privada, essa questão não se coloca.. Das ilhas locais que visitamos, sentimo-nos sempre seguros.

VOOS
Porto - Lisboa - Dubai - Male - Innahura Maldies Resort
Innahura Maldives Resort - Male - Dubai - Londres - Porto

Neste tempo de Covid, escolhemos a opção que nos transmitiria maior segurança, tanto a nível do cumprimentos das regras Covid, como do serviço prestado, no caso de atrasos ou cancelamentos.
Optamos por voar pela Emirates.

É certo que o nível de serviço não é o de outros tempos, mas isso é um mal transversal a todas as companhias.
Tendo diminuido, continua a superar a grande maioria das companhias que viajam para este destino e com preço muito mais competitivo.

Fruto de uma parceria com a TAP, o voo Porto - Lisboa / Londres - Porto, foi feito com eles.

O único imprevisto quer tivemos com os voos, foi terem feito uma alteração, num dos voos de regresso (inicialmente vínhamos por Barcelona). Essa mudança de horário, obrigava-nos a ficar uma noite em Barcelona ou mudar de rota.
Optamos pela 2ª hipotese.
Ainda nos deram a opção de vir por Lisboa, mas a tipologia de avião, não era o que queríamos.
Como queríamos andar novamente no airbus A380 (maior avião do mundo), escolhemos vir por Londres.



VOO MALE - INNAHURA MALDIVES RESORT

Voamos na companhia Maldivian Airlines (Companhia estatal)
Tudo tratado pelo Hotel.
Apenas tivemos que dar os nossos dados e a hora de chagada do nosso voo internacional.
a partir daí, eles trataram de tudo.



Preço do Voo: 700$ ida/volta (para as duas pessoas).
Um valor exageradamente caro, mas justificado pela ausência de alternativas.




Maldivas: Viajar em tempo de Covid-19

Em tempo de Pandemia, a prudência mandaria "ficar em casa", mas depois de quase 2 anos, sempre limitados por muitas regras, sentimos que este seria o momento de arriscar uma viagem mais longa.

Quando decidimos que queríamos viajar para as Maldivas, não nos concentramos no que poderia dar errado (por estarmos no meio de uma pandemia)...em vez disso, concentramo-nos na emoção e na experiência de regressar a um local de sonho.

Como é viajar em tempo de Pandemia Covid 19?



Organizar uma viagem, nunca foi um processo fácil ou simples. Com o tempo vamos ganhando experiência e isso torna o processo mais fácil, mas cada viagem é uma viagem e há sempre imprevistos pelo meio.

Com o surgimento da Pandemia, novas regras foram implementadas (para viajar) e isso tornou o processo mais complexo, mais burocrático.

Se antes, ter a papelada preparada antecipadamente, ajudava a ganhar tempo, nos dias anteriores à viagem, hoje isso já não é possível, pois as regras para viajar podem mudar mesmo antes de entrar no avião, o que  eleva ainda mais a fasquia, no processo de organização de uma viagem.

A complexidade aumenta, quanto mais escalas/países se visitarem, na mesma viagem.
As regras podem diferir de país para país e por isso, importa estar bem informado e preparado para essas eventualidades.

A nossa viagem envolvia 4 países e todos com as suas regras (Portugal, Emiratos, Maldivas, Reino Unido).


Documentos Obrigatórios (IDA)

Escala Dubai: Nada era exigido. Apenas controlavam se tínhamos a documentação para o destino final. A ausência de algum documento, poderia significar ficar em terra.

Maldivas: 
  • Preenchimento do formulário IMUGA até 48h antes de aterrar nas Maldivas
  • 1 fotografia
  • Teste PCR feito até 96h antes do 1º ponto de embarque

PLC para entrar em Portugal

Documentos Obrigatórios (REGRESSO)

Escala Dubai: A mesma situação da ida

Saída das Maldivas: 
  • Preenchimento do formulário IMUGA até 48h antes de embarcar
  • Teste PCR feito até 96h antes do 1º ponto de embarque
Escala Reino Unido:
  • Preenchimento do formulário PLF para fazer escala
  • Teste PCR feito até 96h antes do 1º ponto de embarque
Portugal:
  • Preenchimento do formulário de entrada - PLC
  • Teste PCR feito até 96h antes do 1º ponto de embarque
A regra para entrar em Portugal foi alterada no 1º dia da viagem (ida), ou seja, passou a ser exigido teste covid a todos os passageiros.
O teste acabou por servir para fazer escala no Reino Unido.

Para além disso, fizemos um seguro de viagem (já habitual) que nos desse a tranquilidade desejada e que incluísse cobertura Covid - caso algum de nós desse positivo antes de regressar.


TESTE COVID - PCR

Fizemos a reserva do nosso teste, assim que chegamos ao hotel.
O teste oferecido tendo em conta que a nossa estadia era superior a 7 noites.
(Curiosidade: Valor do Teste 50$/pessoa)




Maldivas: A viagem

A viagem começa aqui...


5h da madrugada e toca o despertador... era hora de levantar para dar início a mais uma viagem de sonho.

Tratar das coisas de última hora, tomar o pequeno almoço (eu tomo sempre o pequeno almoço, seja à hora que for) e chamar um Uber para nos levar ao aeroporto.

Com tantas regras e restrições, era aconselhado estar no aeroporto entre 2h30/3h antes..e assim fizemos. Voo previsto para as 10h05, mas às 7h15 já lá estávamos.
Iniciamos o nosso ritual, pré embarque:
Embalar malas, entrega das mesmas no balcão check-in, passagem na segurança, compra de uma revista e garrafas de água para a viagem.

Por incrível que pareça, o aeroporto estava muito tranquilo. 

Às 9h30 lá embarcamos nós, no voo TAP, com destino a Lisboa.


2h30 de escala que passaram depressa. Parece muito, mas quando se está em trânsito antes do voo seguinte, nem nos apercebemos.
(Há sempre uma ida ao wc ou tomar algo,...)

Às 13h30 lá entramos no 2º voo. Partiu com algum atraso, mas conseguiu recuperar durante a viagem.


Voo praticamente cheio, mas sempre com o cumprimento das regras Covid.
O momento onde poderá haver maior insegurança, foi durante as refeições (todos sem máscara), mas pode ser evitado pedindo uma refeição diferente (foi o que fiz).
Quem pede refeição diferente, é servido antes de todos os outros, o que permite estar sem máscara num espaço temporal diferente.
Vale o que vale, mas é uma forma de existir maior conforto e evitar imprevistos.



Já no Dubai, aproveitamos para "replicar" a imagem que ficou na memória em 2008. Nessa altura, tomamos um café no Costa, momentos antes de embarcar para o último voo, com destino a Male.
Ainda mal conhecíamos esta cadeia, mas talvez pela qualidade das bebidas ou por estarmos a horas de chegar ao paraíso, esta imagem ficou na nossa memória.


O entretenimento sempre variado nos voos da Emirates. Nunca desiludem.
Desde as informações de voo, passando pelas câmaras do exterior, aos filmes, musicas ou canais TV...tudo serve para passar o tempo. No final, fica sempre a sensação que não conseguimos aproveitar tudo. Mais horas de voo houvessem...


Por norma, reservo sempre os lugares no avião (mesmo sendo a pagar). Não sendo fã de estar lá no alto, se tenho que estar, então que seja nos lugares onde se sente menos a turbulência - lugares da frente.
Nesta viagem, optei por reservar (pagar) apenas no voo: Dubai - Male.
Sendo um voo diurno, é imperdível não ir à janela, para observar a beleza da chegada às Maldivas. Um cenário completamente fora do comum e que vale bem a pena.


Um dos momentos mais curiosos (não sei se sorte ou se destino), foi sobrevoar a ilha/hotel da nossa lua de mel. Foi uma sensação estranha...uma sensação de boas memórias.


À chegada o mesmo do costume...o desejo de receber as malas.
Por norma e sempre que possível, dividimos a roupa de ambos pelas duas malas. No caso de levarmos apenas uma mala de porão, nesse caso, levamos alguma roupa na mala de cabine.
A medicação importante vai sempre connosco à frente, embora também levemos uma pequena farmácia, na mala de porão.

CURIOSIDADE: No momento da entrega das malas no check-in, tiramos sempre uma foto quando já vão no tapete. Serve de prova em como foram entregues.
Já nos salvou numa viagem.


À chegada, seguimos as indicações dadas pelo hotel, para apanharmos o hidroavião.
Antes disso, ainda fomos comprar um cartão SIM local. Apesar de existir Wi-Fi no hotel, é sempre importante ter outra opção no caso de algum imprevisto e também para estarmos contactáveis em Male.
O preço do roaming é impraticável....6€/minuto.

Depois, lá nos dirigimos à box da companhia aérea.
Procedimentos de "check-in": Pesaram as malas e encaminharam-nos para o lounge, enquanto não embarcávamos com destino ao nosso hotel.

NOTA
Peso máximo permitido no hidroavião: 20kg no "porão" + 5kg na cabine
Na pratica, as malas iam todas na cabine (no fundo do avião).



Lounge para relaxar e petiscar algo, enquanto se espera pelo hidroavião.



Voamos na Maldivian Airlines. Companhia que tinha acordo com o hotel.



Se na 1ª viagem que fizemos às Maldivas, optamos por um hotel, em que se pudesse ir de lancha rápida, desta vez, um dos propósitos da viagem era mesmo este: andar de hidroavião.


Os receios normais em andar de avião, por incrível que pareça, aqui não existiram.
Talvez pela ansiedade, pela emoção de regressar a um local de sonho, pelo voo em si e por aquilo que se vê...não sei explicar. O que sei é que esta experiência foi qualquer coisa de extraordinário!
Em momento algum durante o voo existiu qualquer receio. Tudo era novidade. Parecia estar dentro de um brinquedo (num qualquer parque de diversões), a usufruir da experiência.





Imagens aéreas que marcam.
A vista daqui deixa-nos anestesiados...sem fôlego!


Hidroavião muito pequeno. Caberão umas 15 pessoas.



Antes da chegada ao nosso hotel, ainda tivemos direito a uma amaragem e nova descolagem, para deixar uns passageiros, noutro hotel.
A partir daí, tivemos mais 15 minutos de voo, apenas os dois!



Aproximação ao nosso hotel.

As cores desta água são qualquer coisa de fascinante. Melhor ainda é a experiência de poder estar ali...e mal podíamos esperar para isso.


A chegada a este pequeno paraíso na terra.






Maldivas: Lhaviyani Atoll

 A chegada ao pequeno paraíso na terra: Innahura Maldives Resort


As Maldivas são um conjunto de 1192 ilhas no Oceano Índico, que se estendem pelo equador e que formam 26 atóis de sonho.

Escolhemos este hotel por várias razões:
Possibilidade de ir de hidroavião
Desenho do hotel/ilha
Tranquilidade

É um hotel pequeno, simples, mas muito simpático e bonito.
À chegada, tínhamos um pequeno miminho à nossa espera no bungalow.




Uma viagem às Maldivas é sinónimo de praia. Mas há muito mais para fazer por estes lados.
Em tempo de Pandemia as restrições para mudar de ilha ou fazer passeios, são muitas, mas ainda assim é possível.
Quem não quiser ficar apenas o resort/hotel, tem a possibilidade de conhecer ilhas locais, fazer mergulho/snorkeling, pesca entre outras coisas. Há muito para ocupar o tempo.



Nas primeiras horas, aproveitamos para explorar a ilha e o hotel. É tudo uma novidade e cada passo que se dá, cada "esquina" que se vira...é um turbilhão de emoções.
Cada recanto, cada pedaço da ilha, deixam-nos de boca aberta. é uma beleza natural inigualável que só se percebe estando lá!.




CURIOSIDADE: Nesta altura do ano, as Maldivas têm um fuso horário de +5h que Portugal. A ilha onde estávamos tinha +6h.



A espaços, vai-se notando o aparecimento de corais mortos. Um fenómeno que tem vindo a aumentar nos últimos anos. Fruto do aquecimento global e do turismo.





As Maldivas tinham tudo o que procurávamos. Tranquilidade e segurança.
Foi dos países que melhor soube lidar com a pandemia e hoje é um caso de sucesso, que cada vez mais é procurado para umas férias de sonho.




Aqui o tempo parece não passar...
Várias voltas demos à ilha...é sempre uma tranquilidade indiscritível.
O momento em que víamos (mais) pessoas era na horas das refeições. Mas mesmo aí...tudo muito tranquilo.




Ao longo da nossa vida, as pessoas vão pensando que, por continuarmos a viajar e a procurar coisas novas para fazer, não ficamos focados. Muitas vezes há quem diga que somos esquisitos e insatisfeitos. Mas a verdade é que as viagens nos ajudam a encontrar o nosso propósito e a colocar o foco na nossa vida.
Quanto mais nos perdemos nas nossas viagens, mais ricas as nossas vidas se tornam.



Telefone de emergência.
Dei por mim a pensar....o que faria este telefone em caso de tsunami...




Canoas disponíveis para utilização livre.



Para quem gosta de aviões (mini aviões), esta era uma oportunidade para assistir ao desfile deste brinquedo.
Pelo menos uma vez por dia, lá amarava um.


Este foi (talvez) o melhor brinquedo que compramos nos últimos anos...
Uma bóia/rede que permitia estar, literalmente, como o peixe na água.

Passei mais horas aqui do que em qualquer outra parte da ilha/bungalow :-)






Noites tradicionais.
Todas as noites havia um programa temático. desde cinema, musica ao vivo, DJ, danças tradicionais, prova de cocktails, etc...


As famosas canoas...
Sugere-se levar chapéu, muito protetor e se possível uma t-shirt, pois o sol aqui não é brincadeira.
Gastamos 2 embalagens de protetor...250ml cada.


REGRA: Podíamos andar apenas na zona clara da água (que era uma extensão enorme). A zona escura, ficava bastante distante, mas a partir daí, era oceano profundo.




Importante deixar espaço na mala para levar uma máscara de Snorkeling. Vale bem a pena.






Zona da chegada dos hidroaviões e da receção.


Um dia antes da partida, tivemos que fazer um teste PCR Covid-19. Exigência para regressar a Portugal, neste período do ano.
É sempre um momento que deixa alguma ansiedade. Afinal, em que condições os testes são feitos e qual a fiabilidade dos resultados...mas enfim, estávamos cientes de que os imprevistos acontecem. E mesmo assim, decidimos viajar.
Passar mais 14 dias aqui (de quarentena) não é que fosse mau, mas de certo alteraria todos os nossos planos de regresso.




O importante não é ter medo do que pode dar errado, mas pensar no que pode dar certo.
Quando decidimos que queríamos viajar para as Maldivas, não nos concentramos no que poderia dar errado, por estarmos no meio de uma pandemia...em vez disso, concentramo-nos na emoção e na experiência de regressar a um local de sonho!