sábado, 27 de julho de 2019

Baucau - 4º e 5º Dia


4º e 5º DIA

Hoje seguimos para Baucau.
Optamos por ficar uma noite visto que a viagem era longa, ocupando 4h do dia.

ROTEIRO
Baucau - 2 dias (com passagem por Venilale)


O município de Manatuto situa-se a leste de Díli e estende-se por todo o país a partir de uma bela costa norte, de idílicas praias de areia branca. É um dos municípios menos populosos e mais acidentados do país, com grandes rios trançados e um interior muito montanhoso. Grande parte da paisagem e as suas aldeias permaneceram praticamente inalteradas durante anos.

Esta área é conhecida como o local de nascimento de Xanana Gusmão, o líder da resistência timorense e eleito como o presidente em 2001. Tornando-se, mais tarde, primeiro ministro.

A nossa viagem até Baucau, demorou cerca de 4h. São pouco mais de 100km, mas o piso em mau estado e parte do trajecto em obras (estão a colocar novo piso), fez com que não pudéssemos ir mais depressa.

Foi uma viagem cansativa, mas ao mesmo tempo emotiva. Tudo era novo para nós. paisagens, aldeias locais, praias... o que tornou a viagem numa experiência fantástica.











Durante o percurso, fizemos uma paragem neste quartel (Centro de Instrução Comandante Nicolau Lobato), para visitar as duas "mascotes" timorenses: Maria e António.

Apesar de estarem fechados, metem respeito!








Alertas para o perigo de crocodilos...




Paramos nesta "área de serviço", famosa por estes lados. É um projeto do governo para ajudar no desenvolvimento.

Há barraquinhas ao longo da estrada e todas elas servem coisas para comer, com especial destaque para o peixe fresco na brasa acompanhado de katupa (arroz embrulhado em folha de palmeira). Uma delícia!!














Em Manatuto há um fenómeno engraçado: É o local da ilha onde há mais Tuk Tuk por metro quadrado. Andam por todo o lado e a população local, aderiu bem ao conceito, sendo o meio de transporte mais usado por aqui.








A entrada em Baucau é marcada por esta estátua de um guerreiro.
Aqui, é improvável que se vejam turistas, como na maioria dos lugares fora de Dili.


Ficamos alojados na Pousada local, com arquitetura colonial. Em tempos foi uma pensão usada e explorada pelos Portugueses.
Com a renovação que fizeram, acrescentaram uma parte nova (moderna) que trás um conforto adicional ao espaço.




Depois de 2h de descanso, para recuperar energias da longa e intensa viagem de 4h, descemos até uma das praias locais.

O caminho pelo meio da vegetação, transporta-nos para outro mundo. Aqui há pouca (ou nenhuma) rede telefónica. O tempo não passa. Os dias parecem mais longos e são mais bem aproveitados.








A costa de Baucau é absolutamente deslumbrante. As praias são de cortar a respiração. O mar convida a um mergulho, mas com a possibilidade de aparecerem crocodilos, limitamo-nos a ficar na areia e usufruir da paisagem.









Neste 2º dia começamos por visita a catedral de Santo António de Baucau. A igreja fica ao lado do mercado antigo que infelizmente estava fechado. Um edifício histórico foi restaurado em 2014.










Mais dois transportes locais, com pinturas temáticas, com destaque para a da Hello Kitty.




Venilale é uma pequena vila com vistas fantásticas sobre as montanhas. É um lugar que me fascinou, pela sua beleza natural. As paisagens são fantásticas. Podemos ver as encostas e os vales que são ocupados com socalcos de campos de arroz, agricultura diversa e animais de pasto. Para além da naturaza, Venilale tem bastantes marcos da história de Timor Leste.

Um local de visita obrigatória. 





A caminho de Venilale, pode encontrar-se, do lado direito, as cavernas nas paredes da montanha, que serviram de esconderijo aos soldados Japoneses, durante a 2º Guerra Mundial.






Nestas fotos podemos ver a chamada 'Escola da Swatch'
Em 2000-2002, a Swatch lançou o relógio "Escola", cujos lucros reverteram para a recuperação de uma antiga escola Portuguesa em Venilale. Além do edifício principal, foram construídas novas salas.
Foi uma iniciativa excelente, mas que deveria ter tido continuidade pelos representantes locais. Passados alguns anos, já precisava de nova renovação.







A nossa visita foi mais uma experiência fantástica. Chegamos na hora do recreio e estava a haver um jogo de basketball (entre meninos e depois entre meninas). Enquanto uns jogavam, estivemos na conversa com os outros e a tentar perceber o que sabiam de Português. Já não foi surpresa para nós, ver que dominam mais o inglês do que o Português. Em Timor o Português tem cada vez menos evidência. Com uma ligação tão antiga a este país, acredito que poderia ser feito algo mais, para que não se deixasse morrer o Português aos poucos... Apesar da entrega e disponibilidade dos professores Portugueses que para lá foram (ou vão), isso não é suficiente. Seria necessário fazer algo mais.


Cemitério local, com uma característica muito própria. Não está num espaço fechado e não segue uma organização.






De regresso a Dili. Mais uma paragem para comprar fruta. O difícil é escolher.




Moda por estes lados. Forma tradicional de segurar o cabelo e não esquecer do pente.


Visita à estátua de Santo António, padroeiro de Manatuto.




Fábrica da Heineken a 20 km de Dili.
Foi inaugurada em janeiro de 2018 e é a primeira unidade fabril internacional de Timor-Leste.
Ajudará, sem dúvida, a dinamizar a economia de Timor Leste.



Quase a chegar a Dili, a surpresa do dia. Não sendo comum (talvez porque em Portugal se dá destaque a 3 clubes), foi curioso encontrar um timorense com uma camisola da Académica. Um clube histórico Nacional, com destaque por estes lados. Fantástico!



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